Lua de mel

Depois de muito pensar, sonhar, especular e contabilizar, optamos por fazer um roteiro de lua de mel pelo centro-sul da Bahia, região conhecida como Costa do Cacau, que logo ao norte vira Costa do Dendê.

A viagem começa em Ilhéus, e de lá seguimos para Serra Grande. Passaremos rapidamente por Itacaré e o carnaval será provavelmente em Taipus de Fora, na península de Maraú. Provavelmente, porque ainda não reservamos pousada nesse trecho... A "ressaca de carnaval" será na pacata Ilha de Boipeba, que fica ao sul de Morro de São Paulo. Estamos um pouco apreensivos de passar o carnaval na Bahia, mas queríamos muito curtir praia e sol na lua de mel, e fontes seguras nos garantiram que o risco valeria a pena!

Antes de voltar para a realidade da Terra, ainda passaremos uma noite em Ilhéus, na casa da Ana, comendo muito chocolate orgânico e atualizando as conversas de alguns meses.

Aí tem umas fotinhos básicas, do Google Imagens, mas na volta compartilharemos as nossas próprias com vocês!

Parênteses

(queridos amigos, apesar de, nos últimos tempos, pouca coisa nas nossas vidas não estar relacionada com casamento, gostaríamos de aproveitar esse espaço de divulgação para exercitar nossa "militância ambiental". A Estrada Parque de Itu está seriamente ameaçada pela construção de uma barragem, que inundará um grande trecho de mata atlântica, além da própria estrada, que tem uma forte importância cultural, pois é o trajeto da romaria que vai até Pirapora, margeando o Rio Tietê. E, como se não bastasse, uma barragem nesse trecho do Tietê pioriaria ainda mais a situação do nosso querido e castigado rio. A SOS Mata Atlântica está mobilizando uma campanha, que recolhe assinaturas on-line no site www.rededasaguas.org.br, no link "Salve a Estrada Parque". O projeto da barragem já foi protocolado e precisamos agir rápido. Quem se sensibilizar com a causa, por favor, ajude a divulgar)

O Convite

Quando começamos a pensar no tema do casamento, o convite foi uma das primeiras idéias, nesse formato de livrinho de cordel, e ficamos muito felizes com a "obra" realizada, tal e qual nós a imaginamos.

Foi um trabalho quase que totalmente artesanal, por isso o pequeno atraso na entrega. Esperamos que vocês compreendam, e que o efeito final tenha compensado a espera. O projeto total, da criação à finalização, levou quase quatro meses (!).

Os "envelopes" foram criados e confeccionados pela Ana Clara, um a um. Encomenda papel, compra chita, corta fita, cola imã, recorta, cola, faz adesivo (dos nomes), faltou um, faz de novo, o nome está errado, volta no Brás fazer adesivo, ufa!

A capa do cordel foi feita pelo Alfredo del Santo, um grande amigo dos pais da noiva, que foi professor deles na Faculdade Belas Artes. Estavam meio sem contato já há muito tempo, que foi retomado agora, especialmente para que ele fizesse a gravura da capa. Tudo como imaginado, aí está a gravura, com os noivos, as árvores, a lua cheia, e os "totós" - como diz o Alfredo.

O texto do cordel teve contribuições do pai da noiva e da própria, mas foi a Cris, mãe da noiva, que "assumiu" a empreitada e deu asas à imaginação e à inspiração, criando as rimas e imagens mais "cordelistas" ("a trama foi caprichosa, com ouro e prata bordada...").

Os nossos mais sinceros agradecimentos a todas as mãos e cabeças que trabalharam para que nossas idéias se traduzissem em objetos reais! Aí vai o texto na íntegra, com algumas explicações no final, para aqueles que não conhecem tão de perto a história:

"Peço a vossa licença
Neste momento imponente
Pra falar de um caso de amor
Que faz o gosto da gente

História é coisa importante
Na vida do cidadão
É um ligado no outro
Seja amigo, seja irmão
Ela inteira quem é que sabe,
Ao certo com precisão?
Se o que parece começo
É sempre continuação.
De heranças somos feitos
Vários tipos de lição...

Pai e mãe de Carolina
Das artes são guardião
Cassiano poeta malungo
Vem do distante sertão
Faz sentido com as palavras
Tem o dom da invenção
Cristina já canta e toca
Melodia e coração
Também dá gosto de ver
As artes que faz com as mãos

Mãe e pai de Paulo César
A Cidinha e o Paulinho
Com esmero e muito capricho
Apontam lindo caminho
Seu lar está sempre aberto
Para amizade e alegria
Belas lembranças e exemplos
Construíram para a família

Carolina e Paulo César
Agora vão se casar
A história desse romance
Vale a pena contar
No ano dois mil e um
Pelos tempos de janeiro
Na formosa Ilha Anchieta*
Deu-se um encontro certeiro

Sem suspeitar do projeto
Lá no Céu já concebido
Duas Carolinas se encontram
Para encontrar seus maridos
A trama foi caprichosa
Com ouro e prata bordada
Pois que uma Carolina
Seria da outra cunhada

Botucatu foi cenário perfeito**
Pro começo dessa união
Era primeiro de abril
Mentira da solidão
E o menino que era do mar
Tomou gosto pela floresta***
Mudou para Piracicaba
A vida virou uma festa!

Na casa da Siriguela****
Música, fotos e grandes amigos
Tempo de lindas viagens
Estudos bem resolvidos
E os dois, juntando memórias
Para sempre muito queridas

Também o destino da irmã
Nesse tempo foi conhecido
Paulo César trouxe Ancião,
Que se tornaria o marido
Amor que foi celebrado
Num lindo jardim florido

Seguindo as ondas da vida
Algumas separações
Porém, somente no espaço
E nunca nos corações

Então veio a formatura
E a vida de gente grande
Mas o destino bondoso
Para não atrapalhar a união
Guardou emprego pros dois
No mesmo trecho de chão*****

O fim da noite é o dia
O começo do mar é a praia
Amor assim flamejante
Nada no mundo atrapaia

Você faz parte da história
Desse feliz casamento
Que juntos vamos celebrar
Nesse glorioso momento

Carolina e Paulo César
Seus pais, mães e irmãos
Aguardam sua presença
Na grande confraternização!

*a Carol (noiva) já estudava Engenharia Florestal e foi fazer um estágio de férias na Ilha Anchieta, junto com o Sem Rumo (César) e a Prímula (mais uma Carolina), e lá conheceu a Carol, irmã do Paulo Cesar, e a Pollyana, que é prima deles, filha do Waldemir, também Engenheiro Florestal e professor da UNESP/Botucatu. Eita trama caprichosa!

**os estagiários da Ilha Anchieta ficaram bem amigos, e resolveram fazer um encontro depois do estágio, que foi em Botucatu, pois tinha vários estagiários de lá. Nisso a Carol resolveu levar o irmão e aí... bem, o namoro começou naquele dia, e não parou mais!

***o Paulo Cesar começou a estudar Engenharia de Pesca, em Recife, mas resolveu mudar para Engenharia de Aquicultura, em Florianópolis. O namoro começou nessa transição, enquanto ele estava em São Paulo aguardando a chamada do vestibular em Floripa. Não sabe-se ao certo se foram os encantos da Engenheira Florestal, da Engenharia Florestal, da gloriosa Esalq ou da querida Piracicaba... mais provável tudo isso junto, mas o fato é que ele prestou o terceiro vestibular e se formou Engenheiro Florestal!

****Siriguela é o nome da república que a Carol morou em Pira, com a Morena, o Márcio e o Axé, durante um tempo. Depois ficaram só a Morena e o Márcio e quando eles saíram, foram morar lá o Paulo Cesar, o Ancião e o Caramelo. Quando a Carol e o Paulo Cesar decidiram morar juntos, o Caramelo já havia saído e o Ancião cedeu gentilmente a casa, onde moraram por dois anos. É uma casa muito especial, pela história de "ilustres moradores", pelo seu quintal florestal, por festas e comidas memoráveis e por nos ter presenteado com o Jawa, o nosso cachorro, que foi "herdado" de um antigo morador.

*****o Paulo Cesar entrou na Esalq quando a Carol estava no último ano da graduação, mas depois teve o mestrado e os dois concluíram quase juntos. A Carol começou a trabalhar na SOS Mata Atlântica, e o Paulo Cesar foi fazer o estágio de fim de curso na Ecoar Florestal, em um projeto em Porto Feliz. A SOS Mata Atlântica chamou a Carol para trabalhar na base de Itu e a Ecoar convidou o Paulo Cesar a continuar no projeto. Porto Feliz fica a 20 km de Itu e a fazenda onde a Carol trabalha fica no meio do caminho... põe "destino bondoso" nisso!

Padrinhos

Como vocês já devem ter percebido, o nosso casamento não será nos moldes tradicionais, mas será um casamento! Gostaríamos de apresentar nossos padrinhos, e lembrar um pouco a função e a importância dessas "figuras" que, no contexto das relgiões, dão suporte aos noivos, para que eles não se desviem dos preceitos de sua fé - o que também se aplica num nível menos religioso e mais "psicológico", pois são pessoas que dão um suporte de amizade e companheirismo para o casal.

Alguns dos nossos padrinhos são amigos de infância, outros são mais recentes. Alguns já formam casais, outros são solteiros. Uns vão nos manter nas baladas e programas coletivos, outros nos fazem parar para pensar. Todos são igualmente especiais e cada um tem, teve e certamente terá um papel fundamental nas nossas vidas, de solteiros e de casados!

A seguir vocês conhecerão cada um deles, apresentados por "ordem cronológica", não de idade, mas do tempo que nos conhecemos.

Noiva:

Ana Clara - "a Ana é minha irmã, conheço e convivo com ela desde que me entendo por gente. É minha grande companheira e a pessoa que eu sei que posso contar em qualquer situação. Super talentosa, habilidosa, exigente e criativa, é responsável por grande parte das 'invenções' do casamento!"

Luciane e Alan - "a Luciane é a minha primeria amiga. A mãe dela é amiga de infância da minha mãe, e o vô dela era migo da minha vó! A Lu é uma pessoa que admiro profundamente, batalhadora, guerreira. Está noiva do Alan que, como ela, é doutor e atleta. Um lindo casal!"

Nívea e Marcelo - "a Nívea também é amiga de infância, colega de estudos, trabalhos e provas de escola. E o Marcelo é marido dela já há quase dez anos! A Ni também é muito habilidosa e vai contribuir com seus dons para embelezar a festa!"

Érica - "Mais uma amiga de infância, que delícia! Apesar de ela ter mudado de cidade pouco tempo depois de nos conhecermos, as cartas (que tenho até hoje) e as viagens de férias mantiveram nossa amizade, e cada vez que nos encontramos, parece que faz poucos dias que não nos vemos!"

César - "Mais conhecido no meio como 'Sem Rumo', o Sem é o representante dos amigos da graduação na Esalq. Ele estava na 'formosa Ilha Anchieta' e no 'cenário perfeito de Botucatu' ou seja, acompanhou todas as etapas do namoro! Amigo do coração, companheiro de viagens e entendido do mundo dos pássaros, é uma pessoa encantadora."

Ana Schiling - "a Ana ficou sendo a minha 'irmã mais velha' quando nos conhecemos na pós-graduação, pois tivemos o mesmo orientador, ela no doutorado e eu no mestrado. Gaúcha e baiana; alemã e argentina, a Ana tem o profissionalismo e a irreverência de todos esses povos misturados. Será nossa anfitriã na lua de mel (!)"


Noivo:

Juliano e Valéria - “O Ju, meu irmão, e Vá, sua esposa, são meus queridos compadres, os pais de duas crianças maravilhosas que tanto preenchem de alegria a casa da Vovó e do Vovô. Um lindo casal, com uma linda família que tanto amo.”

André e Elisa - “O André é o meu grande amigo desde que eu me entendo por gente. Foi a pessoa que me apresentou o punk (já faz muito tempo) e depois me levou ao show dos Ramones. Cara, você sabe o quanto é importante pra mim! A Elisa é sua grande companheira, com quem teve o doce e simpático menino Arthur.”

Thaís – “Essa é com certeza a minha melhor amiga. Já faz muito tempo que nos conhecemos, e guardo todas as cartas que trocamos ao longo de todo esse tempo. Uma amizade que com certeza irá permanecer por toda vida, não importa onde estejamos.”

Bruno e Larissa - “O Bruno (Chinchila) é meu amigo político-intelectual, geólogo e músico. Grande parceiro da música, viagens, estudos... Um cara que ora você o encontra lendo Leminski, ora joga frescobol encarnado por um velho samurai... A Lari é a pessoa que se propôs a namorar esse figura. Como não poderia deixar de ser, é também outra grande figura querida.”

Frederico - “Capricha pro Fredão! Esse cara merece o capricho! Grande amigo de baladas e muitas viagens memoráveis por esse Brasil afora. Mais animado que esse aí é difícil de encontrar”


Ambos:

Carolina e Marcelo (Ancião)

"a história do convite explica bem a importância dessas duas pessoas nas nossas vidas. A Carol é um doce de pessoa, companheira de muitas reflexões sobre a vida humana. O Ancião tem um talento admirável para música e madeira, e histórias do mundo todo, além de piadas incríveis!"

“a minha irmã que amo demais nessa vida. Uma pessoa maravilhosa, muito sensível, justa e companheira. Doida, você é minha grande referência! O Marcelo (Ancião) foi e sempre será meu grande parceiro, uma das pessoas que mais admiro nessa vida. Esse casal promete! Eu amo muito vocês!”

Rafael Oliveira

"o Rafa apareceu na nossa vida na época da 'casa da Siriguela', em Piracicaba, e é um dos nossos ídolos. Músico flautista, fotógrafo, biólogo, doutor, pós doutor e professor da Unicamp, exercendo todas essas atividades com muito talento. Mas nenhuma dessas características serviria para nada se ele não fosse essa pessoa tão doce e encantadora, com uma adorável ingenuidade infantil."

É proibido fumar...

... sem maiores justificativas, os noivos decidiram que não será permitido fumar (o que quer que seja) no interior do Clube. Agradecemos a compreensão.