quarta-feira, 16 de maio de 2012

Why don´t we do it in the road?

Eu bem que tentei, mas não consegui... ou consegui em parte (uma boa parte, na verdade). Calma, não é nada disso que você está pensando! Eu queria ter feito essa postagem da estrada, na longa volta pra casa pelas Via Dutra e D. Pedro, mas nosso sistema de internet móvel não é assim uma Brastemp e chegou um momento em que não consegui conectar mais... mesmo assim, esse texto foi quase que todinho feito "in the road" (ou "on the road"...) e fala sobre nossas peripécias em quase cinco dias pela queridíssima Serra da Mantiqueira!

A primeira parte da viagem foi o presente de aniversário que ganhei do Paulo Cesar S2 S2 S2 e a segunda foi em missão especial em mais um capítulo da luta pela oficialização da Fundação Mantiqueira.

Pois bem, começamos em Gonçalves, MG. Fica pertinho de Bragança, umas 2h de viagem, que inclui uma pitoresca estradinha de terra (Fernão Dias até Cambuí, depois uns 40 km até Gonçalves, dos quais uns 20 km são de terra). Com hospedagem devidamente reservada, ficamos na Pousada Espelho D'água (1km da cidade).

Ganhei um chalé com lareira e hidromassagem =D =D =D. Chalé muito simpático, com um deck provido de uma paisagem deliciosa (que inclui uma cachoeira), aquecimento da água a gás (inclusive da pia do banheiro) e tinha até roupões (gente, não estou acostumada com essas coisas! Mas acostumo rapidinho, rs...).



Depois de um merecido banho de banheira, saímos pra dar uma volta na cidade e estava tendo quermesse! Comemos umas coisinhas por lá e depois fomos pro único restaurante aberto, o Porto do Céu. O lugar é muito legal, com uma decoração bacana, atendimento simpático e degustamos um Capelletti in Brodo delicioso por R$ 36,00. Depois disso voltamos pro nosso "chateaux" e curtimos uma lareirinha.

O café da manhã da pousada também é muito bom e depois do desjejum fomos pra feira de produtos orgânicos, que acontece todo sábado, das 9h às 13h. Compramos umas hortaliças pra abastecer a segunda parte da viagem e tomamos um cafezinho da roça, no maior clima "faz de conta que a gente mora aqui"!




Continuamos com nosso "turismo de compras", coisa que, sinceramente, fazemos muito pouco em nossas viagens! Entramos em um monte de lojinha, compramos algumas coisas bacanas, das quais são dignas de nota:
- geléias, chutneys e antepastos da Senhora das Especiarias (R$ 15,00 o pote);
- móveis de madeira da Toque de Minas (compramos uns banquinhos lindos, com ladrilho hidráulico, por R$ 70,00);
- quirera da Fábrica de Farinha por R$ 1,70/kg (na quermesse tinha uma quirerada que me deu água na boca, mas tinha carne de porco... é também conhecida por canjiquinha);
- iguarias do Empório Orgânico, como uma broa de milho artesanal por R$ 1,50.

Almoçamos no restaurante Deméter na Roça, que foi uma ótima indicação do Mauro, dono do Empório Orgânico. A maior parte dos ingredientes do restaurante é orgânica e é tudo servido no fogão a lenha; estilo bem mineiro, mas com boas opções sem carne (e sem bacon, e sem banha, rs...). O almoço custa R$ 32,00/pessoa e come-se MUITO bem.

Dando continuidade ao fim de semana burguês, fiquei mais umas duas horas de molho na banheira, curtindo um fim de tarde pelo janelão, ouvindo música, explorando as opções de hidromassagem e luzes, vendo o fogo da lareira, namorando, me perfumando com óleo de banho, comendo chocolate e por aí vai... fiz absolutamente TUDO o que tinha direito! Que nem criança, rs...

No jantar teve o repeteco do roteiro quermesse + Porto do Céu. Acho que até teríamos outras opções de restaurante pra noite de sábado, mas gosto de voltar nos lugares e ter essa sensação de ser "da casa", de conhecer o cardápio... coisa de gente idosa, eu acho! Mas outra coisa que nos atraiu pra esse restaurante é que teria música ao vivo, e realmente teve. A um couvert de R$ 10,00 jantamos ao som de um rock folk interessante.

Na manhã do domingo ainda usufruímos um pouco da internet wi-fi que tem na sede da pousada, arrumamos as coisas com calma e fomos pra segunda parte da viagem, agora desbravando a parte alta da Mantiqueira, um caminho que nunca havíamos feito e que tem paisagens muito bonitas.


Mas como o tempo é exíguo, escasso e diminuto, em certo ponto descemos pra Dutra, para depois subir novamente até a Fazenda Boa Vista, sede da Fundação Mantiqueira e que fica no município de Bocaina de Minas. Chegamos ao cair da tarde e a novidade dessa vez é que ficamos no chalé, que é uma graça, super aconchegante.

Enquanto o PC fez uma reunião extraordinária com o Presidente da Fundação Mantiqueira, Sr. Álvaro Braga, fiz uma sopa de abóbora com alho poró, lá da feirinha de Gonçalves. Pra acompanhar, queijo da região e cebolinha da horta. Luxo só! Ah, sim, a sala de reunião foi a sauna da pousada!

Os dois dias seguintes foram de trabalho (de verdade!), mas como somos todos filhos de Deus e de Pachamama, na noite de segunda fomos fazer uma sauna no hotel mais antigo de Mauá, que é o HotelBuhler. Por R$ 15,00/pessoa tivemos sauna seca e úmida, piscina térmica, toalhas e um sabonetinho de eucalipto muito cheiroso! Outra coisa muito bacana é que esse hotel é cheio das iniciativas ecológicas, principalmente com relação ao lixo; coisas que funcionam mesmo, nada de maquiagem verde. A dica foi do Álvaro, que frequenta a região há muitos anos e sabe das coisas. Jantamos no Borbulhas (o único aberto) e a entrada foi um Rosti de Pinhão, receita com a qual eles ganharam um Festival Gastronômico. É, aqui nada é elementar ;)

Infelizmente não tiramos fotos dessa segunda etapa, pois choveu tanto que até esqueci da existência da câmera... a chuva não chegou a atrapalhar, mas já sinto falta do sol.

Aproveito mais uma vez pra dizer que a Fundação Mantiqueira aceita de bom grado todo e qualquer apoio, sendo o mais prazeroso deles a hospedagem na pousada da Fazenda Boa Vista. Se quiser conhecer esse paraíso, fale comigo. É um lugar muito especial. 

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