quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Posso te ligar?

Ando meio nostálgica. Eu sou meio nostálgica. Esse sentimento que é mais do que saudade vai tão longe que de vez em quando tenho a impressão de ter saudade de coisas que nem vivi.

Nunca fui uma pessoa muito popular, outro dia até comentei com o Paulo Cesar que a infância na roça possa ter deixado essa sequela de "bicho do mato"... mas ultimamente venho sentindo falta daquelas conversas no meio da rua, das visitas inesperadas, de não ter que ficar marcando e marcando e marcando pra encontrar uma pessoa!

Diz-se que não é de bom tom aparecer na casa de alguém sem avisar. Realmente, dependendo da hora e da visita pode ser um inconveniente, mas, pensando bem, um inconveniente momentâneo, uma pequena readequação da agenda, porque a companhia daquela pessoa e a "conversa fiada" valem muito mais! (claro que existem as "visitas mala", mas geralmente são exceções, né? Se não ou você não anda sabendo escolher amigos ou já não consegue mais encarar com leveza uma mudança de planos...).

Mas a gente não quer ser a visita mala e liga antes de passar na casa da pessoa. Aí a pessoa não pode, está de saída ou qualquer coisa e pergunta se não pode ser em dia e horário tal, ao que você invariavelmente vai responder dizendo que tem um compromisso XYZ e quando se derem conta estão agendando uma visita casual com três meses de antecedência!

E agora tenho a impressão de que surge uma nova modalidade de etiqueta urbana: a gente chama a pessoa em um bate papo on line e pergunta se pode ligar... não acho que esteja em um nível "grave", mas farejo algo, uma suspeita de que estamos incluindo mais um protocolo no convívio, que vai ficando cada vez mais virtual.

Queria discorrer mais sobre isso, mas agora está na hora da minha corrida de treino pra Trilha Inca \o/

Deixo as lacunas para serem preenchidas!

6 comentários:

  1. Saudades do tempo que eu aparecia na Rua Leão XIII, número seiscentos e alguma coisa :-)

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  2. isso é coisa de paulista, Carol! rsrs
    aqui não temos disso, não. Um dos problemas de uma prosaica ida à padaria, supermercado, farmácia etc é que isso pode se tornar um típico programa arame farpado: vc vai enroscando e não volta nunca mais pra casa! Do jeito que o tempo vira rápido por aqui, já cansei de chegar em casa com a sala inundada, porque só ia "ali" rapidinho ...
    Outro exemplo: domingo passado a Dani veio aqui em casa, à tarde. Quando desci pra levá-la até o portão, a Andréa nos ouviu no corredor (Andréa tem a chave da casa de dois moradores daqui pro prédio - além da minha, mas não mora aqui) e veio bater papo. Aí cheguei com ela pra tomar café no vizinho do primeiro andar e ... só voltei para a minha casa, no 3o., umas 3 horas depois .. isso porque não encontrei Solange na subida! rs
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    Essas coisas me fazem pensar que estereótipos não são coisas assim tão infundadas!
    beijos :)

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  3. Lom, aqui pode vir sempre e sem avisar!!! ;) Bjo

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  4. Moli, é exatamente disso que eu to falando, que saudade!!! A Ana Schilling conseguiu manter essa vida universitária e pra completar tem uma praia no quintal (Ana, se eu fosse uma pessoa invejosa estaríamos fritas! rs...).

    Pri, obrigada! Você também, todos vocês, podem vir sempre que quiserem. O máximo que pode acontecer é eu sair correndo pra catar as bolas de pelo que se espalham pelo chão, rs...

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  5. Carol ... dizem as más (ou boas?) línguas do dcaa (depto de agrárias daqui) que o projeto de criação de um curso de eng. florestal saiu definitivamente da gaveta. Se isso for verdade, em breve teremos concursos, muitos concursos por aqui .. :-)

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  6. Uia! Avisa nóis! Bem que o Paulo Cesar podia engatar um mestrado... eu ia adorar ser mulher de professor universitário, kkkk!

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