
Depois comecei a assistir os outros vídeos e gostei de todos, tô viciada, rs... Eu gosto do jeito mau homorado e escrachado dele, que passa uma sinceridade e autenticidade tão grandes, que nem dá pra se ofender... é engraçado porque, apesar de ser agressivo, não agride (?!). Bom, não agride a mim, que penso como ele...
Eu queria que o Aralume fosse assim, e as vezes até "chuto o pau da barraca", mas no fundo eu sei que não é chutando paus de barraca que a gente vai construir convivências harmoniosas. Eu fico entre a sensação de que é preciso destruir tudo, porque consertos só geram remendos mal feitos; e a sensação de que "destruição gera destruição" e nessa onda nunca conseguiremos construir nada.
Mas eu sempre fico feliz quando encontro pessoas que dão essa vazão que eu gostaria. Já falei aqui do Bruno Mazzeo, que faz o Cilada... bem mau humorado também. Não dá pra ser bonzinho o tempo todo. Ok, quem me conhece sabe que eu não sou "boazinha" praticamente nunca. Eu tenho feito um exercício constante de me policiar para evitar o confronto, para não estourar, para não enfiar a mão na buzina no trânsito, para não levantar a voz, para não falar sem pensar... ai, como cansa!!!
A questão toda é não reprimir, mas refletir. Porque se a gente reprime, coitado do infeliz que cruzar o seu caminho na hora que cair aquela famosa gota d´água! Quando a gente reflete, medita (meditar no sentido estrito da palavra, que é sinônimo de pensar, e não aquele exercício que tem como objetivo exatamente o contrário, o não pensar - vai entender...), mas enfim, quando a gente consegue se colocar como observador, vê como aquela atitude só ia gerar prejuízos. No calor da hora nem sempre é possível... mas com o tempo a gente vai pegando a prática. Só que cansa mesmo, porque você tem que estar "sempre alerta", isso consome energia.
Aí tem que arrumar um meio de repor essa energia, e meios também de dar vazão àquele sentimento que iria desencadear uma reação, digamos, explosiva. A arte costuma ser uma boa forma, o esporte também - tanto para recarregar as baterias, quanto para expressar uma "raiva mal resolvida". Como não tenho lá muitos dotes artísticos - além deste que você usufrui e que é pra mim uma grande vazão - gosto de apelar de vez em quando pro esporte. Ah, como é bom correr! É um esvaziar-se... e esvaziar-se é tão bom, a gente vive se enchendo tanto de coisas... de comida, de informação, de consumo, de roupa, de compromissos... esvaziar de vez em quando é mais do que um prazer, é uma necessidade.
Uma vez eu li num livro do Osho, e em outros depois, que a meditação - agora aquela do exercício de não pensar - ocorre quando espectador, objeto observado e o ato de observar tornam-se um (?!); quando corro bastante, ou quando nado bastante, chego bem próximo disso. Não existe a Carolina, não existe a corrida, não existe o chão, existe o correr; não existe a Carolina, não existe a braçada, não existe a água, existe o nadar.
Nossa, nem sei como vim parar aqui, hehe. Mas assite lá os vídeos do PC e você vai ver que ele também vai embolando os assuntos e vai perceber que me estilo deu uma contaminada! ;)
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