Foi esse o sentimento que me veio quando comecei a dirigir nossa nova aquisição, esse lindo fusquinha 74, que chamamos de Bento! Minha paixão por fuscas é antiga e contam meus pais que muitas vezes naquelas noites insones, quando já não sabiam mais o que fazer com uma certa maquininha de choro, uma volta no quarteirão a bordo do fusquinha da família me acalmava!
E esse fusquinha durou bastante, depois vieram outros, não me lembro bem, mas o fato é que cresci dentro de um fusca. Meu pai enchia o carro de crianças, naquele tempo em que ninguém sabia direito pra que servia cinto de segurança, e íamos felizes para o sítio, rodopiando nas estradas de barro que o valente fusquinha enfrentava.
Meu primeiro carro foi um fusca que ganhei do meu pai, mas não tive muito tempo para curtí-lo, pois foi numa época meio conturbada, e eu acabei vendendo sem quase tê-lo usado. Mas agora pude sentir novamente todas as lembranças que o "cheiro de fusca" me trouxe quando entrei no Bento.
E tem também essa sensação de "slow life", que traz algumas reflexões, pois o fusca é um carro do tempo em que realmente não era muito necessário usar cinto de segurança, em que andar a 90km/hora era um foguete, enfim, quando as pessoas andavam com o cotovelo pra fora, cumprimentando os "cumpadre" na rua, com aquela buzininha simpática!
Bem, os tempos são outros e hoje dirigir um fusca é uma verdadeira aventura radical! Mas pelo menos dá pra notar uma certa simpatia das pessoas, diferente do que simplesmente falta de paciência com carro velho. E dá pra ir incorporando aos poucos o espírito "slow life", cultivando uma forma de viver onde fazemos as coisas com mais atenção (é incrível como dirigindo fusca você presta realmente atenção ao que está fazendo!), evitamos correrias desnecessárias (com fusca você não tem muita opção de correr, então o melhor é relaxar...) e curtimos mais cada momento da vida, com descontração e, por que não?, humor (fusca é muito engraçado!).
Mas a intenção "slow life" tem que ser premissa para ter um fusca, e não o contrário! Porque se você adquire um fusca sem ter primeiro essa mudança de ponto de vista, pode vir a se estressar muito mais... e é claro que se eu tivesse 10 vezes mais dinheiro do que tinha para comprar o fusca, compraria outro carro, mais moderno e confortável. Mas qualquer coisa entre o que eu tinha e 10 vezes esse valor, ainda ficaria com o fusca! ;)
Ca, que legais suas lembranças do nosso tempo de fuscas! Ferrãozinho, o primeiro, o mais valente, o único que enfrentou a serra de Parati, quando Parati "ainda não existia"! Depois, Canarinho, "quase novo", um luxo! Por último, Bonitão, esse sim, o fuscão das suas memórias... Em memória de todos eles, bem-vindo Bento, para protagonizar muitas outras inesquecíveis... emoções!
ResponderExcluirCarol,
ResponderExcluirEstrearei nos comentários sem terminar de ler o blog. Não que blog seja uma leitura a ser exaurida, mas gostei tanto que li as mais recentes e resolvi ir lá ao comecinho.
Sobre esta postagem especificamente, refleti bastante e te mandei num e-mail parte dos meus pensamentos. Quanto às outras... Li até a lua de mel! Adorei a chance de adentrar nos pensamentos sempre meio loucos de uma noiva: preocupações com detalhes que fazem toda a diferença, com o formalismo x a espontaneidade dos trajes, bebida, cigarro... fora lua-de-mel, música e tudo o mais de delicioso que envolve o preparo de uma festa de casamento. Lágrimas nos olhos ao ler o PC falando da Carol, ao ler o convite-Cordel, ao perceber que o casamento foi bem naquela data cheia de significados astrais!
Identifiquei-me com muita coisa, ou quase tudo! Eu e Dudu também nos conhecemos através da irmã-amada dele, a Mila. Eu e ela também nos conhecemos na praia, em janeiro (de 2007), ela achou que eu tinha tudo a ver com o irmão dela e o arrastou a um encontro que havia sido marcado com aquela turma da praia. Depois disso, tudo aconteceu muito rápido (essa é uma diferença) e acabamos nos casando sem celebrar o casamento. Celebrar formalmente, digo, prender certidão no cartório pra sempre e etc. Embora tenhamos colocado logo alianças, já que nos sentíamos “aliançados”, e aberto conta conjunta, veja só que romântico! Além disso, celebramos cotidianamente nosso encontro, que era tão improvável, Dudu sendo de BH. Mas ainda queremos fazer uma celebração que envolva muitos amigos e só não fizemos ainda porque é tão difícil acertar no formato, principalmente depois de já ser casado, não?
Entendo o cuidado e o trabalho que todos os envolvidos tiveram. Ficou lindo o casamento, e muito autêntico, com muito significado! Parabéns! Desejo que vocês continuem sendo muito felizes pela vida afora!
Beijo grande,
Fabiana
Gente, o Bento é lindo, que delícia que depois de tantos anos na família ele está com vocês!
ResponderExcluirE o cheirinho de fusca tem um poder mágico, ocasiona "sorriso instântaneo", é igual andar de carona em uma lambreta, não dá para ficar mal- humorada!
Que o Bento leve vocês por caminhos suaves e cheios de beleza, e sem dúvida, andar mais devagar faz a gente enxergar o mundo muito melhor!
Um brinde ao Bento e a slow life!
Pessoas queridas, obrigada pelos comentários! Mãe, que legal relembrar dos nomes dos fusquinhas históricos da família!
ResponderExcluirFabi, que bom que você tá curtindo o blog! Eu to me divertindo à beça... e o casamento, bem, foi realmente um "acontecimento". Casamento é a maior viagem e nós resolvemos levar isso ao pé da letra, rs... Mas é uma viagem muito boa, vale a pena. Foi o dia na minha vida que eu consegui reunir o maior número de pessoas queridas no mesmo lugar, e essa é uma sensação indescritível!
Flor, estamos construindo juntas esse sonho se "slow life" ;) e é muito bom ver que, pouco a pouco, ele vai se tornando realidade!
Olá mina!!
ResponderExcluirTudo bem por aí? E o PC?
Parece que nózs "mora" tão longe né?
Lendo teu depoimento sobre o Fusca, me voltei ao passado meio quase remoto, dadonde vivi meus momentos de infante, a bordo dum>>>
Este veículo realmente representa algo de muito importante na história deste País...Mas, são outros 500...Abração