Quando a
coisa aperta, quem vai pro beleléu é o Aralume... a vida de escritora fica
soterrada entre a vida de dona de casa, de engenheira florestal, de viajante e
de mulher que faz unha, sobrancelha e depilação (parece bobagem, mas esse kit
demanda umas TRÊSHORAS, entre ir, ficar e voltar).
Prioridades,
né? A casa não pode ficar abandonada e o máximo que eu terceirizo é uma
faxineira uma vez por semana; a engenheira florestal paga as contas e as contas
não podem atrasar; as viagens, bem, essas serão SEMPRE prioridade, até mesmo
para abastecer o Aralume; e a mulher que faz unha, sobrancelha e depilação
nunca foi a primeira da fila, mas ela anda felizona por estar pertinho da
Patrícia e suas fadas... e quem não gosta de ser cuidado? Existem muitas formas
de ser cuidado, mas imagino que um salão de beleza é a mais prática e barata. E
ainda dá pra ler aquelas revistas que eu não tenho nenhuma coragem de comprar,
mas me divertem.
E por essas
e outras não consegui escrever um texto decente pra hoje e estou aqui, que nem
aluno de colegial – ou ensino médio, se você tem menos de 25 anos – dando desculpa
pra professora porque não fez o trabalho.
As “outras”
são mais difíceis de explicar, mas tem a ver com a tal da inspiração... pode
ter lua cheia e por do sol, novidades ou antigas reflexões, muito tempo ou
pouco tempo (sim, isso desmonta totalmente meus argumentos anteriores)... mas
falta aquele som dos sininhos tilintando e ditando as palavras. É assim que eu
escrevo.
Se tiver paciência até sai, mas aí precisa mesmo do tal do tempo, pra
ir garimpando e buscando... não deu... tem hora que a gente precisa assumir que
não deu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário