terça-feira, 27 de setembro de 2011

Batendo o cartão

Pois é, hoje eu to assim com o Aralume... passei aqui pra bater o cartão... às vezes eu atraso a postagem por mil motivos, mas o texto está fervendo e maturando na minha cabeça. É só ter um tempinho de ficar na frente do computador.

Mas agora não tenho nada em mente (até parece... bem que eu queria "não ter nada em mente", afinal, venho praticando meditação exatamente pra isso! Mas o que tenho em mente agora não me faz ter vontade de escrever...). Até pra "bater o cartão" tá difícil. Nunca fui operário padrão.

E como não vou escrever sobre nada mesmo, não vou tomar o seu tempo. Será que você já leu todos os textos do Aralume? Se sim, que tal reler o de exatamente um ano atrás?! Quando eu não tinha dinheiro pra comprar a TPM (minha revista favorita na época em que eu não tinha dinheiro pra comprar revista) eu pegava a do ano anterior, do mesmo mês (ah, também era a minha revista favorita da época em que eu tinha dinheiro!). Era divertido...

Claro que fui lá, eu mesma checar a postagem aniversariante da semana e não é que eu começo justamente falando da TPM?! Só que agora numa época em que essa não é mais a minha revista favorita... não que eu não goste mais da TPM, mas cansei um pouco de revistas...

Bem, descobri que há um ano atrás eu estava bem inspirada (tomara que no ano que vem também esteja, senão vai ficar feio pro meu lado!). Vai lá: "Eu sou assim".

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Cinema : Almodóvar

Em Itu tem um lugar muito bacana chamado Café Colômbia (Rua Santa Rita, 1779). Além de ser um ambiente muito agradável, com internet wireless e quitutes deliciosos eles tem uma DVDteca à disposição dos clientes! É isso mesmo, você pode ir lá e emprestar os filmes.

E é claro que um lugar desse, com uma ideia dessa só poderia ter ótimos títulos no acervo, né? Estive lá semana passada e peguei o Kika (1993), do Almodóvar. Eu já tinha assistido esse filme, mas em tempos remotos... tão remotos que tinha até esquecido do estilo chocante do Almodóvar.


Independente da história do filme e das abordagens polêmicas o sentimento que eu mais tinha era o de estar assistindo a uma verdadeira Obra de Arte. Sim, com letras maiúsculas! Não sei como explicar, simplesmente isso: estou vendo Arte.

Não quero entrar na discussão de o que é arte e o que não é, mesmo porque acho que isso está muito ligado com a experiência de cada um: se o objeto (música, dança, pintura, escultura, teatro, texto, filme, fotografia...) atinge camadas mais sutis da sua composição, mexe com sentimentos e sensações, pronto, é arte!

E o cinema é uma forma de arte muito interessante, porque praticamente une todas as manifestações artísticas. Claro, há quem explore mais e quem explore menos esse "privilégio", que é ao mesmo tempo um desafio, afinal, tem que harmonizar músicas, cores, formas, movimentações, expressões, história (que pode ser contada de inúmeras formas...).

Bom, se você ainda não viu Kika, recomendo. Trata-se de uma comédia, mas com cenas fortes, incluindo assassinatos e sexo bizarro, mas que são "abrandadas" pela atmosfera surreal e deliciosamente colorida!

Ah, e olha que feliz coincidência: fui pesquisar um pouco sobre o Almodóvar e descobri que o aniversário dele é daqui a pouquinho, dia 24 de setembro! Ele foi o primeiro espanhol indicado ao Oscar de melhor diretor com o filme Fale com ela (2002), que acabou levando o prêmio pelo melhor roteiro. Levou também a estatueta de melhor filme estrangeiro com Tudo sobre minha mãe (1999), que também lhe rendeu o prêmio de melhor diretor em Cannes.

Além desses premiados, outros dele que assisti e recomendo são: Mulheres à beira de um ataque de nervos (1988), Ata-me (1990), Má educação (2004) e Volver (2006).

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Tem que ter saco!

Andam falando das tais sacolinhas plásticas, que vão ser proibidas ou sei lá o que. Pois tenho uma confissão a fazer: até algumas semanas atrás eu era uma fiel consumidora das sacolinhas, pois serviam como sacos de lixo. A gente produz um volume muito pequeno de lixo em casa, uma vez que os resíduos orgânicos vão para a composteira e os recicláveis são coletados por uma cooperativa. Dava em média uma sacolinha por semana, composta principalmente pelo lixo do banheiro.

O uso das sacolinhas para embalar o lixo já era um dos Rs, o Reutilizar (leia mais sobre isso aqui). Ao invés de comprar sacos de lixo eu reutilizava uma embalagem que outrora servira para outra coisa. Do mesmo jeito que uso os sacos de ração para acomodar o lixo reciclável.

Mas agora surgiu a oportunidade de dar mais um passo na minha evolução ambientalista :) que é a Redução das sacolinhas (mais um R, o primeiro e mais importante), usando outra forma de acondicionar o lixo doméstico: saquinhos de jornal!

Foi minha mãe que mandou a dica, que por sua vez vem de um blog bem interessante: www.deverdecasa.com (veja a postagem dos saquinhos de jornal aqui).

Como tenho um compromisso com a educação através do exemplo, primeiro testei a ideia em casa e agora divulgo pra vocês!

Pontos fortes:
- uso de recipiente reutilizado e biodegradável para acondicionar lixo;
- redução do consumo de sacolas plásticas, feitas com matéria prima não-renovável e de loooooooooongo tempo de degradação (uns 40 anos segundo o Dr. Google);
- custo zero!

Pontos fracos:
- tem que trocar o lixo mais vezes, pois o volume do saquinho feito com uma folha de jornal é menor do que o de uma sacolinha (isso é até bom sob o ponto de vista de higiene... antes eu ficava fazendo uma sacolinha "render" e acumulava lixo por um tempo duvidosamente saudável...);
- tem que fazer o saquinho! (o que pode ser bom também, saindo da cadeia "compre pronto" e aproveitando pra passar uns minutos na posição agachada, que alonga as pernas e estimula o funcionamento dos intestinos, hehe - claro que isso só vale se você fizer o saquinho no chão...).

Observações importantes:
Se você descarta o lixo orgânico no lixo comum talvez esse sistema não funcione muito bem, embora você possa fazer saquinhos mais reforçados, com duas ou três folhas. No lixo do banheiro uma folha é suficiente e no lixo da cozinha uso duas folhas, pois descarto os cítricos (as minhocas não gostam...) e vez ou outra alguma coisa molhada vai pro lixo. Estou usando também pra recolher os cocôs dos cachorros, mas nos passeios ainda uso sacolinhas plásticas (tipo mãe que usa fralda de pano no bebê, mas na hora de sair de casa apela pra descartável, rs...).

No blog que indiquei acima tem um passo-a-passo pra fazer os saquinhos, mas seguem algumas fotos daqui também:

Que os mestres do origami não vejam, mas pra fazer o saquinho duplo eu faço um com a folha inteira, deixando os bicos desencontrados mesmo, pra ficar um pouco maior.

 A dobradura fica meio "desconjuntada", mas dá certo!



Depois eu faço um saquinho normal, com o papel quadrado, e coloco um dentro do outro.

Pra ficar mais prático eu não corto o papel, apenas dobro a faixa que sobrou e vamo que vamo!

 Olha lá que bonitinho!


Uma das diferenças que senti com o uso do jornal é que o lixo "respira"; fica mais arejado e menos fedido.

Ah, tem um outro detalhe: aqui em Itu temos umas caçambas na rua pra colocar o lixo, então eu só dobro/amasso a boca dos saquinhos, sem muita preocupação se vai abrir, mas se eu tivesse que colocar o lixo na rua provavelmente teria que ter mais cuidado. Se é o seu caso, você pode usar recipientes maiores (de preferência reutilizados, como sacolas grandes, sacos de ração, caixas de papelão...) para juntar vários saquinhos de jornal e colocar na rua de forma que não corra o risco de espalhar tudo com qualquer vento.

E vai testando, tentando, experimentando, descobrindo e contado pra gente!