terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Em Brasília, dezenove horas - por Paulo Cesar

No dia 14 de fevereiro, nós - eu e o Paulo Cesar - comemoramos nosso primeiro aniversário de casamento! Na verdade, nós começamos a comemorar no dia 13, comemoramos bastante no dia 14 e continuamos as comemorações pelo dia 15, 16, 17... até o dia 21. Comemoraram conosco (presencialmente) nossos padrinhos Chinchila e Larissa, geólogo e geógrafa parceiros de aventuras! Como não podia deixar de ser, foi mais um pretexto para uma bela viagem; arriscaria dizer que a melhor até agora. O relato fica por conta do PC e as fotos estão no nosso álbum do Picasa (http://picasaweb.google.com.br/caepece/ChapadaDosVeadeiros#).

Como conheci o Paulo Cesar:
Foi a caminho de uma cachoeira, em Botucatu. Mais tarde, naquele mesmo dia, que virou noite e madrugada, conversamos muito sobre música, viagens e piropos em geral. Sem perder tempo, começamos a namorar naquele primeiro de abril, "mentira da solidão"! De lá pra cá se vão quase nove anos... certamente a comemoração vai ser pretexto para mais uma viagem, já que namoro é namoro e casamento é casamento ;)

Em Brasília, dezenove horas

- Estamos no ar, em pleno povoado de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros, fazendo uma matéria para o consistente blog Aralume, e vamos entrevistar um transeunte.
- Hei, você aí, qual o tipo de música que você prefere, melodiosa ou barulhenta?

Ah! Barulhenta né. Eu sou jovem!

- E já que estamos no Aralume, eu tenho que perguntar: De onde mesmo você conhece a Carolina?

- A Cazinha?
- Nossa, é uma bela história!
- Entre minhas andanças e mudanças (comecei duas faculdades antes de me formar engenheiro florestal), em um final de semana quando ainda estava de morada passageira por São Paulo, na difícil empreitada de esperar minha sonhada mudança para Florianópolis, resolvi acompanhar minha irmã, a Carolina (Doida), e minha mãe, em uma viagem para Botucatu. A primeira motivada por um re-encontro de colegas estagiários da Ilha Anchieta, quando eu e minha mãe aproveitamos para passarmos o final de semana na casa da Tia Neusa e do Tio Ocrinho, os quais lá residiam.
Sábado, dia 31 de março de 2001, estou lá na casa do tio Ocrinho, depois do almoço, vendo uma Tevê, quando surgem algumas meninas (supostas alunas do Tio Ocrinho, que é Professor da Engenharia Florestal da UNESP), agitando uma ida até a cachoeira da Vilma (eu acho que era esse o nome). Entre essas supostas alunas do Tio Ocrinho, eu conheci uma menina chamada Carolina (também conhecida como Katarina lá na Ilha Anchieta, na ocasião do mesmo estágio que minha querida irmã Doida fez, juntamente com minha prima Polyana, que é filha do Tio Ocrinho). Mais tarde, já na casa de umas das alunas do Tio Ocrinho e que também tinha feito o já referido estágio, fui aos poucos conhecendo melhor e me encantando com a tal Katarina...

- Eita, peraí! Oh camarada, deixa eu formular melhor, que isso aqui é um programa de rádio e o tempo é escasso.

- Produção, pode deixar que depois eu mesmo vou acompanhar a edição do áudio, vamos continuar normalmente...

- Bom, vamos lá! Por ora, basta saber o que você é da Carolina?

- Da Cazinha?
- Ah, agora sou Marido!

- Ah, então você é o tal do marido? Você é um cara de sorte, hein?

- Sorte? Nossa, e se eu te falar que estamos aqui na Chapada dos Veadeiros pra comemorar nosso primeiro aniversário de casamento, acompanhados pelo casal de amigos Chinchila e Larissa, em uma aventurosa viagem de carro pelo planalto central do Brasil... Isso é mais do que sorte, pode apostar!
- Posso falar também que, durante esses 9 anos que estou com a Cazinha, São Jorge, onde eu já havia visitado outras 3 vezes, sempre foi o lugar que eu mais tive vontade de voltar, ainda mais na companhia da Carol, com nossa já consagrada tradição de ótimas viagens. De fato, da ultima vez que estive por aqui, eu já namorava com a Cazinha, mas foi uma viagem de amigos, já marcada antes de começar o namoro. E agora, estou aqui em plena Rádio Nacional, contando essa história...

- Nossa, agora temos alguns ouvintes aqui perguntando pelo telefone quais foram as melhores impressões que vocês tiveram dessa aventurosa viagem pela chapada?

- Vixe! Todas as impressões foram ótimas!
- Tudo começou como uma viagem de contrapartida a uma outra viagem que teve que ser adiada. Quando decidimos vir para a Chapada, decidimos também que seria em estilo “Easyrider”, acampando sem muito destino, com pique de enfrentar camping selvagem e fundamentalmente fugindo de grandes concentrações humanas devidas do carnaval.
- Com isso, quando estávamos quase chegando em Território da Chapada, rumo à cidade de Cavalcante, em um posto de combustível, ficamos sabendo que a referida cidade estava fervorosa e que não tinha lugar nem pra estacionar o carro.
- Isso foi o suficiente para elegermos Alto Paraíso como a primeira parada, onde acampamos por três dias. Lá conhecemos a cachoeira da Loquinha, com seus confortáveis poços, acessados por trilhas suspensas e decks de madeira, e também a incrível seqüência de quedas e poços do Rio Macaquinho.

- Certo, essas são as boas impressões de Alto Paraíso, mas e o resto da viagem? Os ouvintes estão ansiosos para saber?

- Pode deixar! Na terça-feira de carnaval, depois de passar pela cachoeira Almécegas, que estava irritantemente lotada (People Sucks!!!), desmontamos o acampamento e fomos em direção à Cavalcante, na esperança de que a cidade iria estar mais tranqüila. Foi tiro certo! Chegamos e fomos direto pro camping da Fazenda Veredas, um camping localizado em um Vale maravilhoso, que tinha um gostinho de camping selvagem por não haver energia elétrica, cuja ausência proporcionava a visão de um céu estrelado espetacular.
- Em Cavalcante, a grande atração foi visitar o Quilombo Engenho II, onde pudemos nos deliciar nas águas esmeraldas das cachoeiras Santa Bárbara e Capivara.
- Já São Jorge, desde da minha primeira viagem por aqui, sempre foi o principal destino da Chapada, por onde eu sinto um enorme carinho e há uma espécie de força magnética que me puxava pra voltar, pra levar a Carol e tinha certeza que ela iria sentir esse mesmo sentimento.
- Está sendo muito emocionante pra mim rever dois grandes personagens do Vilarejo de São Jorge: o Verde, e a grande figura do Velho Joe. Mais emocionante ainda é me deparar com esses dois caras, levando aquela mesma vida boa de guias da Chapada de 10 anos atrás, e que mesmo depois de todo esse tempo ainda lembraram das minhas saudosas passagens por essas bandas...
- Bom, já que você mesmo disse que o tempo é escasso, de São Jorge, basta dizer que me sinto em casa!!!
- Agora dá licença que vou tomar uma cerveja gelada no boteco do Seu Claro.

5 comentários:

  1. Muito bom, PC!!
    Fiquei com muita vontade de conhecer a Chapada e mais vontade ainda de viajar com vocês =)

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  2. Queridos,

    Mesmo de longe eu celebrei com vocês. Lembrei muito do casório no dia 14, lembrei do bolo e fiquei mandando ótimas vibrações para a viagem.
    Parabéns pela relação linda que vocês tem construído, eu realmente acredito que vocês se fazem um bem danado e acho isso maravilhoso!
    Vamos viajando juntos para celebrar os casamentos, a amizade, a Clarinha e muitas outras boas coisas da vida!
    com muito amor,
    Carol (Doida)

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  3. Meus amados Cá e PC, tudo que eu penso em falar pra vocês acho "fraco", tudo de bom que eu desejo acho pouco! Muito obrigada por serem minha filha, meu genro e por terem se encontrado. Que continuem felizes para sempre!

    Ai, as fotos estão de tirar o fôlego!!! "O que são" aquelas nuvens, aquelas flores, aquelas águas???
    Beijos, parabéns,
    mamãe Cris

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  4. Carol, foi possível sentir as boas vibrações. Obrigada por tudo! Eu sempre digo isso, mas não custa lembrar: somos muito privilegiados - eu, você, PC, Marcelo, Clara, nossos pais, irmãos, sobrinhos, amigos, cachorros... e olha que o círculo não é pequeno! Ter consiciência disso traz uma gratidão muito grande, que amplifica tudo que é bom e dá outra perspectiva àquilo que consideramos não tão bom assim. Beijo e saudade!

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  5. Ana, faz a listinha de feriados aí! =D Quanto à Chapada, bem... depois a gente conversa ;) !

    Mãe, você sempre muito elegante com as palavras... obrigada! Não sei quanto de mim eu devo a você, mas com certeza não é pouca coisa!

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