na busca pela essência, pelo essencial, foi tirando os supérfluos, as superficialidades
descamando, descascando... até onde? O que resta?
viu-se no cerne. Duro. Seco.
na busca pelo que é essencial à vida, caminhou justo em direção à imortalidade do que já não mais vive.
e percebeu que a vida se dá na fluidez, nos fluidos, na água que vem e que vai, não pelo cerne, mas pelas camadas, pelas superfícies
à flor da pele
saindo da madeira dura e seca, percebeu que lá na ponta as flores, em sua imensa variedade de cores e formatos e aromas e tamanhos alimentam a vida, porque vida é diversidade, variedade, criatividade, expressão
a magnitude do que vive não exclui, aceita
vida é aceitação
criação
relação
tudo importa, tudo cabe, tudo pode
o essencial é a amplidão, o espaço
a água, a umidade
o calor, a vitalidade
a respiração
a base
e quem mais chegar
sem limite
Deixa rolar, deixa viver, deixa fluir
e o que sobra?
a vida aceita
e regenera
e revive
tudo flui
onde - e enquanto - há vida
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