terça-feira, 20 de março de 2012

"Querido diário..."

Muito do que escrevo aqui é baseado nas minhas vivências pessoais. Às vezes concretas, às vezes perceptivas, às vezes para compartilhar, às vezes para registrar... e o texto de hoje é no maior estilo "querido diário", rs... lá vai!

Ontem fui pra Piracicaba encontrar com amigos queridos. Fui "só" pra isso! Um desses amigos nem acreditou "ah, não é possível que você não veio fazer mais nada aqui!". Mas não mesmo... eu peguei o ônibus em Itu de manhã, pra chegar lá a tempo do almoço. Combinei de dormir em Pira (porque os horários de ônibus são infames) e voltei hoje cedinho. Praticamente 24 horas dedicadas a encontrar com os amigos!

Tem gente que gasta tempo e dinheiro com objetos caros, com salão de beleza, com terapeuta, com médico, com trabalho... eu gasto também de vez em quando... mas por que não gastar um pouco com pessoas?! Com pessoas tão especiais, que me enchem de alegria, que compartilham valores, que me trazem lembranças deliciosas?

Ajustar as agendas não é fácil, tanto que a ideia original era passar alguns dias juntos e complicou demais. Mas como sei que o ótimo é inimigo do bom, se a oportunidade era um dia, um almoço, lá fui eu!

A Pri e o Sem foram me buscar na rodoviária e de lá fomos pra casa da Meire, mãe da Teluíra (que hoje mora no Saco do Mamanguá). A Meire sempre foi a mãezona da tchurminha, pois todos moravam longe da família e a Telu emprestava a dela pra gente. Fomos almoçar no Nampin, um restaurante vegetariano delicioso que já existia antes da nossa chegada em Pira e era onde almoçávamos em dias especias (vida de estudante, né?). Lá encontramos por acaso com a Jaguatirana, um pequeno presente do destino como que dizendo "olha, isso é pra você lembrar quando vivia trombando "por acaso" com os amigos pela rua". Almoçamos todos juntos.

De lá fomos pra um café ma-ra-vi-lho-so, que faz parte das novidades da cidade, chamado Metrópolis. Comemos doces, tomamos café, chá, conhecemos o espaço que é super bem feito e acolhedor e ficamos conversando horas a fio, usufruindo da agenda que a vida de consultor autônomo proporciona (sim, eu, Pri e Sem temos esse privilégio!). A Meire ligou pra Telu e todos falamos com ela, uma verdadeira festa!

Na saída um acidente... o Otávio veio nos encontrar e acabou se envolvendo num atropelamento... não foi culpa dele, não foi grave, mas teve que ir pra delegacia fazer BO, depoimento, o escambau e ficou de castigo até a noite! Como a nossa presença não ia ajudar muito, eu e a Pri fomos pra Esalq, continuar o dia de encontros.

Chamei o Moli e ficamos nas mesinhas do Marron Glacê falando bobagens... aquelas bobagens deliciosas, risonhas, nostálgicas. Eu olhava em volta, era hora do intervalo entre as aulas, o lugar cheio de "bichos & doutores". Impressionante como parece que nada mudou... e quer saber? Isso me alegra... Não demorou e mais um encontro "por acaso"! O Pinus estava passando, chamamos e ele veio sentar com a gente. Exatamente como acontecia quando aquele era meu cenário cotidiano... a vida não tinha tanta pressa... mesmo com prazos apertados, reuniões, aulas, sempre havia tempo pra uma conversa fiada.

Mas os prazos e horários existem e cada um toma seu rumo. Eu e a Pri, que tínhamos compromisso apenas com o "dia de encontros", descemos até a Floresta (não, não é uma floresta como você imagina, com árvores e bichos, mas é como a gente chama o Departamento de Ciências Florestais, rs...). No caminho passamos pela frente do LERF e vi o Ricardo, querido professor, na janelinha da sala dele. Fui até lá e pela janela mesmo trocamos algumas palavras e sorrisos, coisa que não havia no tempo de estudante, quando pra falar com professor a gente batia na porta e pedia licença!

A Pri ficou no laboratório dela e fui até a sala do João, também querido professor, que foi meu orientador no mestrado (o Ricardo foi co-orientador). Ele ficou feliz em me ver, contou empolgado dos novos projetos, disse todo feliz que agora tem até estagiários de graduação (coisa rara na área quantitativa que assusta a todos com seus números e fórmulas). Fui também brindada com conversas filosóficas (isso sempre me encantou no João) e relatos de transformações pessoais e profissionais. Se a Pri não tivesse ido me resgatar, estaria lá até agora!

Fomos pra casa e mais encontros, agora com os pais dela. Os pais dos grandes e antigos amigos são um pouquinho nossos pais também... durante a tarde fomos falando com o Sem pra saber das notícias da delegacia e eles ainda lá de castigo... aí foi a vez das meninas botarem as fofocas em dia, papo de amiga. O telefone toca de novo, pronto, estavam liberados e famintos!

Corremos pra pizzaria (aquela mesma que frequentávamos nos velhos e bons tempos que não voltam nunca mais) e tagarelamos, tagarelamos, tagarelamos, com assuntos e intensidades talvez impróprios para o local, mas, fazer o quê?! Esperar outra coincidência astrológica de agendas?

Fui dormir feliz, no aconchego da casa da minha amiga, que levantou cedo pra me levar na rodoviária.

Cheguei em casa querendo contar a história e querendo, principalmente, guardar a história.

E querendo também dizer pra todo mundo que as "picuinhas" cotidianas não podem nos isolar das pessoas que amamos; que não podemos nos emaranhar na rede dos afazeres e compromissos, porque quando estamos longe dessas pessoas, definhamos; e quando as encontramos voltamos cheios de alegria e energia para fazer tudo o que for necessário e sabe como? Cantarolando, com um sorriso no rosto e com muito prazer, porque sabemos que a vida vale a pena!

Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog; já o sigo. Convido-lhe visitar e seguir o meu.
    vendedordeilusao.blogspot.com

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