Aaaaiiiii, quanto querer cabe em meu coração!
Quero muito, quero mais, quero agora;
quero fazer, quero aprender, quero ter, quero dar;
quero dormir, quero acordar, quero comer, quero jejuar;
quero ir, quero voltar, quero estar;
quero conseguir, quero poder, quero calar;
quero sol, quero chuva, quero lua, quero estrela;
quero junto, quero sozinha;
quero ouvir, quero o silêncio das línguas cansadas;
quero não querer...
Ah, bruta flor do querer, ah bruta flor, bruta flor...
E sabe do pior: não tenho dúvidas. As crises do tipo "isso ou aquilo?" não me atormentam tanto quanto o turbilhão dos quereres. Eu simplesmente quero. Tudo!
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(comecei a ler Tabacaria, mas não fui até o fim... Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer é demais pra esse coraçãozinho querido!)
O sarau continua e quem me consola é o Chico... ele, o Chico Lindo!
Mesmo com o nada feito, com a sala escura
Com um nó no peito, com a cara dura
Não tem mais jeito, a gente não tem cura
Com um nó no peito, com a cara dura
Não tem mais jeito, a gente não tem cura
Não tem cura.
Quero uma estrada que leve à verdade
Quero a floresta em lugar da cidade
Quero a floresta em lugar da cidade
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