segunda-feira, 24 de maio de 2010

Expandindo os horizontes


E não é que a brincadeira está ficando séria?! Das páginas digitais para as páginas em papel! Esse mês foi publicado um texto meu na Revista Viverde, coluna Ecos. O responsável pela coluna é o meu amigo e colega de profissão Christian Roiha, que me convidou para dividir com ele esse espaço. O texto dessa edição fala sobre agricultura orgânica e está à disposição também em páginas digitais, no site da Viverde: http://www.revistaviverde.com.br/

A revista é bimestral e tem tiragem de 10.000 exemplares. Circula gratuitamente na região sul do município de São Paulo, em várias escolas e estabelecimentos comerciais. No site tem todos os PDFs para download, contatos da redação e formas de patrocínio, pois, embora os colunistas sejam voluntários, existem diversos custos envolvidos na publicação.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Virada Cultural - São Paulo 2010

A Virada Cultural é um evento organizado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, desde o ano de 2005. São 24 horas de shows, teatros, filmes e as mais inusitadas "performances" artísticas. Eu fui em alguns eventos das duas anteriores, mas foi esse ano que eu levei realmente a sério a proposta e... virei!

Foi uma experiência extremamente intensa, diria até transcendental, rs... inicialmente eu tinha feito uma seleção da programação que incluía teatro, dança, cinema e shows, mas no final acabamos indo só em shows e, as outras artes que me desculpem (mil desculpas...) mas MÚSICA É FODA!

Começamos a virada - PC, Lelo, Vanessa e eu - no centrão e é a melhor hora pra curtir o centro, pois na madruga cai na decadência (vi isso no ano passado). É muito gostoso andar pelo centro de São Paulo à noite, com aquela galera na rua, um show em cada esquina, um piano no guindaste, um filme projetado no edifício, insetos gigantes e fumacentos, enfim, coisa de louco! Depois de uma andada geral, fomos pro Largo do Arouche ver os Desengonçalves, grupo do André Abujamra e outros, que toca Nelson Gonçalves com batidas rock, ska e reggae (?!). Nada de multidão, show classe A!

Findo o show, mais uma andada pelas ruas, pegamos o Moli e a Ana no metrô (estávamos de carro, isso é bom) e fomos pro Auditório do Ibirapuera ver a Roda de Choro. Estacionamos o carro calmamente e entramos no auditório sem nenhuma fila. Banheiro impecavelmente limpo, café expresso e um show a-lu-ci-nan-te, com cinco músicos debulhando na choradeira! Isso foi à meia noite.

Saímos de lá e fomos ver ninguém menos do que Antonio Nóbrega, no SESC Pompéia (carro ajuda beeeeeem nessas horas...). Nada de trânsito, estacionamento tranquilo, fila insignificante... e o ambiente do SESC! Uma decoração super gostosa, com velas e lareira; comidinhas, performances, galera "da paz". Ah sim, o show... só pena que foi no teatro, mas eu e o Moli não nos conformamos e assistimos o show de pé, lá no fundo, dançando até! Teve uma apresentação de dança linda de chorar (aliás, ele vai fazer um espetáculo todo dedicado à dança mês que vem no SESC Pinheiros!) e ciranda no final, como é de praxe. Se saímos do choro com a alma lavada, agora ela estava perfumada e enfeitada!

Nisso já era umas cinco da manhã e o pessoal começou a bodear... eu não queria ir dormir, e nem conseguiria, pois havia tomado um Red Bull (energético também ajuda beeeeem nessas horas, rs...). O Moli tinha saído de Piracicaba com o maior espírito "tá na chuva é pra se molhar", então demos boa noite aos companheiros e lá fomos nós pro Centro Cultural São Paulo. Não conhecíamos os nomes das bandas a se apresentarem por lá, mas a escolha - do Moli - não poderia ter sido melhor! Qual não foi nossa surpresa ao nos depararmos com o "Noel Rosa" da Seresta de Piracicaba?! (que agora descobri que se chama Roberto Mahn) Vimos o show dele, a Banda Gafieira Imperial, animadíssimo, com dançarinos profissionais e pessoas dormindo nas escadarias (?!). Um café com leite e show do grupo de tango De Puro Guapos. Demais, oito músicos no palco e com direito a Libertango e Adiós Nonino. Nisso já era nove da manhã e pegamos um metrô pra casa da mãe do PC (a famosa "casa da sogra", rs...). Banho e um café da manhã delicioso, com mesa farta de quitutes e amigos (obrigada sogrinha, por ter essa casa sempre tão acolhedora!).

Juntamos a galera novamente e fomos pra Estação da Luz. Mais música: Antúlio Madureira, Toquinho e um encontro de bandolins insano! (pena que a "Granero" tava lá... acredita que montaram o palco da orquestra enquanto os músicos tocavam?! Deu até vergonha de tamanha falta de respeito...). Almoço no largo São Bento (a ideia era ver o Quarteto de Cordas no Mosteiro, mas estaríamos esperando a coxinha até agora e quando resolvemos ir embora, pegamos apenas os aplausos finais do bis...). Sem problemas... encontramos o Rafa, voltamos pra Luz e vimos um pedacinho da apresentação de dança indiana, porque queríamos nos acomodar logo para o grand finale: Cantoria na Praça Júlio Prestes, o show mais esperado da virada!

Começou meio estranho, mas quando Vital tocou Saga da Amazônia e Xangai emendou com Matança, deu até um aperto na garganta... "quando chegar a hora, e é certo que não demora, não chame Nossa Senhora, só quem pode nos salvar é.... caviúna, cerejeira, baraúna...". Eita nóis! Só que nessa o Elomar tinha ido colocar corda na viola (ou violão)... ê desculpinha pra não presenciar o Vital falando bem do MST... e ele poderia ter parado por aí, mas estava estranhamente inspirado e começou a falar umas coisas meio sem pé nem cabeça, pra um público de 4 mil pessoas... o clima ficou tenso e pensei que a qualquer momento sairia uma vaia... ainda bem que não saiu.

Ficou claro que os quatro não estavam na mesma vibe... o Xangai parecia ser o mais lúcido, mas deu uma escorregada declamando uma música enoooooooorme do Elomar, não entendi; o Geraldo estava bem, mas achando que era o Grande Encontro e não Cantoria, rs.... enfim, uma loucura que nos fez ir embora antes do show acabar, com aquela cara de . Foi uma pena a virada ter acabado assim, com esse sentimento de que os ídolos ficaram gagá. Ou, pior: de que os egos ali em cima do palco eram tão grandes que ofuscavam uns aos outros e não deixavam ninguém aparecer. Triste mesmo. Pra mim foi...

Mas os momentos anteriores foram tão intensamente deliciosos, tão oníricos, que valeram com sobra as horas de sono que perdi e ficaram gravados na memória do corpo, da audição, da visão e da emoção. Ter participado desse mega evento me deixou muito feliz e, como sempre acontece quando me aproximo das artes (especialmente da música), renovou minha esperança no mundo e nas pessoas. Nas pessoas que idealizaram o evento, que organizaram, que realizaram; nas pessoas amigas que estavam comigo; nas pessoas anônimas que se divertiram em paz. E no mundo, porque o mundo é feito de pessoas...

(PS - tenho fotos e vídeos, mas ainda não consegui parar pra selecionar e colocar aqui... então volte depois pra ver as ilustrações!)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Mais tecnologia!

Por sugestão da minha mãe, divulgo aqui uma tecnologia admirável, da qual já usufruí muito e espero poder usufruir cada vez mais!


Ah, nas "vantagens ecológicas" citadas no vídeo faltou dizer que o tal dispositivo é confeccionado com matéria prima renovável ;)


http://www.youtube.com/watch?v=iwPj0qgvfIs

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Comemorando!

O dia está lindo e eu estou bem feliz. Hoje é um dia especial, pois daqui a pouco eu vou completar minha vigésima nona volta em torno do sol. Claro que cada dia vivido é muito especial e, na verdade, não há nada de muito grandioso em completar essa volta, mas não deixa de ser um marco, um pretexto para comemorarmos, confraternizarmos e refletirmos. De vez em quando precisa...


Mas outra comemoração do dia de hoje - para mim até mais importante - é o primeiro aniversário da Lei Antifumo no Estado de São Paulo (a lei é do dia 07 de maio de 2009!). Eu comemorei demais essa lei e fico muito feliz que ela tenha "vingado", pois depois dela eu passei a frequentar lugares que não frequentava - ou que frequentava muito pouco, pois saia com cabelos e roupas "empestiados" e, pior, acordava no dia seguinte com crise de rinite :/ Analisando friamente é meio triste que essa disciplina tenha que se dar na forma uma lei... ainda mais em se tratando de cigarro... realmente não consigo entender como tem gente que ainda fuma! Será que o prazer de ter um cigarro aceso na mão, e de sorver sua fumaça, é mais importante do que a preservação de sua saúde?! E o pior é que não é só a saúde do fumante que está em jogo, mas de qualquer um que esteja ao seu lado... Desculpem fumantes, mas hoje, mais do que nunca, estou me permitindo soltar as palavras aqui no Aralume. É o meu presente de aniversário!


Na mesma linha da Lei Antifumo foi a lei de "tolerância zero" para álcool e direção. Também é uma coisa óbvia, mas precisa ter lei, fiscalização e punição para que pessoas não dirijam embriagadas (e como o estado de "embriaguez" é subjetivo, só tendo tolerância zero)... e mesmo assim às vezes não funciona... muitas vezes não funciona.


Esse campo - o do álcool - é bem mais polêmico do que o do fumo e acho que até mesmo do que o das drogas ilícitas. E como resolvi me dar de presente de aniversário total e irrestrita liberdade de expressão, lá vai! (pode não parecer, mas muitas vezes me "controlo" aqui no Aralume, escrevendo e reescrevendo muitas vezes cada postagem!). Espero que você continue essa leitura até o final... e espero também que sinta-se à vontade para deixar comentários, com irrestrita liberdade de expressão ;)


Desde a adolescência, principalmente depois de entrar na faculdade, sempre me diverti bastante com algumas "peripécias alcoólicas"... tudo bem que algumas diversões acabavam literalmente me virando do avesso e comprometendo significativamente o dia seguinte. Mas mesmo assim, considero que nunca cheguei a estar em "grupo de risco"; nunca saí da "normalidade" para a minha faixa etária e sociocultural.


Depois de um tempo cheguei à brilhante conclusão de que não valia a pena "estragar" um dia - e minha saúde - por conta de excessos alcoólicos, aí passei a simplesmente apreciar com moderação e era muito gostoso tomar uma cerveja antes do almoço, ou na beira da praia, ou num fim de tarde na calçada do bar; degustar um vinho, na cozinha, à mesa... e aquela cachacinha mineira direto do alambique?!


Até que resolvi considerar friamente o papel do álcool na minha vida, e me fiz a simples pergunta: Pra quê?! Ah, é gostoso... Fui mais fundo na minha análise e não demorei para "descobrir" que o álcool é uma substância que causa dependência e altera nosso estado de consciência, logo, não é assim tão inofensivo. O risco vale a pena? O efêmero prazer que ele proporciona vale o distanciamento que ele causa? Distanciamento dos sentidos, da realidade, do eu. Definitivamente não vale.


E pronto, foi fácil. Faz quase dois anos que me fiz essas perguntas e exatamente o mesmo tempo que não degusto absolutamente nada de álcool (ok, deve ter passado algum bombom de licor nesse meio tempo, rs...). Se foi difícil? Olha, bem menos do que eu imaginava... o paladar da cerveja é substituído pela sem álcool (acredite, não é tão ruim assim!); o paladar do vinho seco às vezes dá saudade, mas "nada grave". E só.


Inicialmente essa simples atitude de excluir algo que era habitual traz um grande fortalecimento. Não pela substância que foi excluída, mas pela "vitória" de conseguir. É engraçado, mas fiquei aliviada, pois tive a constatação irrefutável de que eu não era alcoólatra! Sem querer fazer alarde, mas enquanto você consome algo sistematicamente, mesmo que não te traga muitos prejuízos aparentes, você jamais saberá se é dependente disso. O estereótipo do alcoólatra que dá vexames, larga emprego e arruína a família existe, mas o alcoólatra "à paisana" existe também.


Com pouco tempo de abstinência alcoólica eu já notava uma expressiva melhora na qualidade dos meus sentidos, principalmente do olfato, pois passei a sentir cheiros que antes não sentia (o que nem sempre é bom, rs...). O senso de equilíbrio físico também deu um salto, que pude constatar nas práticas de yôga. Os reflexos ficaram mais aguçados e me sinto muito mais presente.


O meu convívio social não foi afetado em nada, pois continuo saindo com os mesmos amigos (ajuda o fato de eu nunca ter tido uma turma "da pesada"). E não me incomoda pedir uma cerveja sem álcool, ou tomar um suco, ou uma água tônica (descobri o prazer da água tônica, hehe). Me divirto normalmente nas festas, danço, converso, dou risada... às vezes as "conversas de bêbado" são meio chatas, mas nada que comprometa a amizade!


Enfim, essa decisão de não ingerir mais bebidas alcoólicas só me trouxe benefícios e nenhum prejuízo. E dados os prejuízos que o álcool causa, na sociedade e no indivíduo, esse boicote acaba sendo uma atitude de cidadania, embora não tenha sido essa a minha motivação inicial.


Da mesma forma como falo nos meus "discursos ambientalistas", cada um vai até onde dá. E esse limite vai expandindo-se naturalmente, conforme você incorpora as práticas. Se você não separava o lixo para reciclagem e hoje separa, maravilha! Que tal agora fazer compostagem? Ainda não rola? Tudo bem, continue separando o lixo reciclável então, está ótimo. O que não podemos é "desistir", "regredir", porque não damos conta de fazer "tudo". Porque se você for parar pra pensar mesmo, seriamente, fica louco. Isso vale para meio ambiente, para saúde, para estudo, para trabalho, enfim, pra vida!


A "fórmula" que procuro incorporar na minha vida é o autoestudo, a autossuperação e a autoentrega. Autoestudo para conhecer meus mecanismos, conhecer meus limites e minhas possibilidades de extrapolá-los; autossuperação para expandir esses limites e me aperfeiçoar cada vez mais; e a autoentrega traz justamente essa tranquilidade de saber que estou no caminho, estou me esforçando e não precisa ser tudo "pra já".

segunda-feira, 3 de maio de 2010

euPodo!

A postagem dessa semana é bem "sem vergonha", rs... mas é o ápice da minha empolgação com o meu brinquedinho novo: um iPod touch!

Que coisa mais fofa e interessante! É até difícil trabalhar com toda uma biblioteca de músicas para organizar... fica tão bonitinho quando a gente coloca as capas dos discos! E inserir letras, então? Acho que na próxima viagem de ônibus (não vejo a hora!!!) eu decoro "I Will Survive", rs...

Ver fotos também é bem legal, a tela é de um tamanho ótimo, e se a fotografia for em formato "paisagem", é só virar o dito cujo, que ela se ajeita e ocupa a tela toda... pura magia.

Já inseri uns vídeos também, de coreografias do SwáSthya Yôga e do Natiruts, pra lembrar da Chapada ;) [o Paulo Cesar detesta... o Natiruts, não a Chapada!].

Aí tem uma porção de aplicativos, como tutoriais de línguas, conversores, Google Earth, Skype, MSN... ah, claro, ele navega pela internet, manda e-mails e o escambau! Eu ia fazer essa postagem via iPod, mas não consegui :( deve ter um jeito, mas ainda sou begginer...

Ah, o Google Maps do iPod é mais legal que o que a gente usa no computador! O calendário/agenda é super legal, as funções de relógio/alarme/timer, lista de contatos, bloco de notas... é de tirar o chapéu pra Apple mesmo.

Enfim, se você ainda não conhece esse Universo, vale a pena! Agora euPodo!