terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pra começar com o pé direito!


Dentre todas as mandingas da época, a única que eu levo realmente a sério é a de começar o ano fazendo o que eu mais gosto: viajar! E é claro que não serve "qualquer" viagem... são necessários alguns requisitos básicos: natureza exuberante; água limpa; sossego; boas companhias; boa comida! Se der pra ter sol e poucas nuvens, melhor ainda.

No quesito natureza, meu bioma brasileiro preferido é o Cerrado; com relação à água, prefiro a doce e oxigenada da cachoeiras, mesmo porque é complicado conciliar sossego com água salgada em grandes feriados; como boas companhias estão em primeiro lugar meu marido e nossos cachorros, e logo em seguida os amigos queridos que compartilham dos mesmos anseios; a comida, basta que seja farta, colorida e vegetariana!

E foi com essa receita que resolvemos que a viagem desse ano seria para a Serra da Canastra. Foi a segunda vez que nos banhamos nas limpíssimas águas do São Francisco engatinhando, mas dessa vez em companhia de outro bebê, nosso sobrinho, ainda na barriga da mãe. Como sempre, foi uma viagem ótima... como sempre, um ou outro contratempo. O pior deles justamente com a nossa hospedagem, que abalou profundamente o meu humor, a ponto de querer voltar um dia antes, sem nem ao menos o tradicional banho de cachoeira do começo de ano. Ainda bem que resolvi "respirar fundo" - mais uma vez - e no fim tivemos um dia maravilhoso e fechamos a viagem com um saldo bem positivo.

Tem fotos no álbum do Picasa (http://picasaweb.google.com.br/caepece/SerraDaCanastra200910#) e abaixo seguem algumas dicas pra quem quiser se aventurar pelo roteiro:

Onde é mesmo?
A Serra da Canastra é bem grande e tem várias maneiras de conhecê-la. Grande parte é protegida pelo Parque Nacional da Serra da Canastra, onde é possível visitar a nascente do Rio São Francisco, sua primeira queda (cachoeira Casca D´Anta) e todas as sutilizas que os campos de altitude do cerrado oferecem. Um bom município de apoio é São Roque de Minas, onde ficamos dessa vez, mas também recomendo Delfinópolis e São João Batista do Glória, só que esses locais ficam longe do Parque e as atrações são outras (não menos interessantes!).

Deslocamentos
De Itu a São Roque de Minas foram exatos 500 km, percorridos em cerca de 7 horas, com direito a paradas despreocupadas. O percurso todo é asfaltado e "pedagiado", portanto, em boas condições (até a divisa com MG a estrada é duplicada... depois disso já é pedir demais!). É bom ir de carro, pois as atrações são meio longe umas das outras. Uma boa opção é levar bicicletas, principalmente pra andar dentro do Parque - sentimos muita falta da Margarida e da Barbarela... - mas prepare-se pra pedalar uns 50 km por dia!

Abrigo
Da primeira vez ficamos acampados, no Camping da Picareta, que é bem legal e tem uma cachoeira. O valor é R$ 10,00/pessoa para acampar e R$ 3,00 para visitar a cachoeira. O único problema é que em feriados fica bem lotado e tem poucos banheiros... Dessa vez alugamos uma casa, pois queríamos levar os cachorros. O contato foi com a Tamanduá Turismo e ficamos na casa da D. Maria - um terror! Nem quero entrar muito em detalhes, mas a tal da D. Maria fica num quartinho nos fundos da casa, bem esquisito; a casa também era meio suja, escura e abafada, credo! Bom, se alguém descobrir um bom lugar pra ficar por lá, por favor, me avise!

Alimento
Levamos toda a nossa comida e cozinhamos todos os dias. A cidade tem opções bem precárias de restaurantes, principalmente para vegetarianos, já que lá é "tudo na banha do porco" [suspiro]. Claro que não levamos queijo! Não deixe de provar o famoso queijo canastra! Ah, tem vários mercadinhos, então não precisa ficar pirando em levar absolutamente tudo... só não sei como são os preços, porque realmente precisamos comprar bem pouca coisa.

Diversão
O Parque é imperdível! Entrando pela portaria de São Roque (tem 4 portarias), dá pra chegar de carro na parte alta da Casca D´Anta (uns 30 km) e fazer uma trilha para vê-la por baixo. Na parte alta é ótimo pra "entretenimento aquático" e na parte baixa... bem, aí é pura contemplação de uma queda maravilhosa. Dessa vez não fomos, mas vale muito a pena. Uma outra opção é ir de carro (uns 50 km) e entrar pela portaria da Casca D´Anta. Ainda pela portaria de São Roque tem a cachoeira do Rolinho, que é minha preferida. Saindo da estrada principal, tem uma sinalização, aí em dado momento chega numa bifurcação: se for pela direira, dá na cachoeira e se for pela esquerda, chega na parte mais baixa do rio, onde tem um poço maravilhoso. Ambos são imperdíveis. Ah, na cachoeira, perca o medo da água fria e atravesse o rio: tem uma outra cachoeira ainda mais bonita do outro lado (dessa não tem foto porque é arriscado molhar a câmera... só ao vivo mesmo!). No caminho pro Parque tem o Camping da Picareta, que é uma boa opção de cachoeira mais perto e continuando na estrada tem o complexo Capão Forro, que também é muito legal. Tem mais cachoeira, é só ir assuntando... só se prepare pro estilo mineiro de dar informação, rs...

Vale a viagem
Se você gosta das "coisas da roça", não volte sem conhecer o sítio do Sr. Zé Mário! Fica no caminho pra cachoeira do Cerradão e tem uma sinalização indicando que tem queijo canastra. Lá ele produz o melhor queijo da região e o lugar é lindinho, super tradicional. Vá com tempo pra um "dedo de prosa".

Um comentário:

  1. Oi Carol,

    Começamos muito bem 2010, Ficamos muito felixes com o convite e adoramos viajar com vocês.

    PS. Já to sentindo falta dos cachorros...rs

    beijos e estamos esperando a próxima!!!

    ResponderExcluir